28 novembro, 2006

Propaganda: "tapa na cara"

Estamos muito acostumados com campanhas publicitárias que fazem piadas e banalizam assuntos que não tem a menor graça.

Ao folhear a Go Outside (para mim a melhor publicação sobre esportes atualmente) deste mês me deparei com uma campanha que penso ter a tônica correta, séria e chocante sem ser sangrenta.

A campanha Pedalando é uma iniciativa da Fundação Alphaville com apoio da agência Kinthos, ativo.com, Equipe Antilope e Revista Go Outside.

A campanha conta tambem com um hotsite que pode ser visto no endereço www.5os.com.br/pedalando.

Parabéns aos responsáveis e idealizadores da campanha, tenho certeza que os ciclistas de todo o país agradecem essa iniciativa.

Agradecimentos especiais ao Fabio Frazão Brunelli da agência Kinthos , que após contato via correio eletrônico prontamente me enviou o jpg com melhor qulidade e o endereço do hotsite da campanha para serem postados aqui no fórum.



Post Retirado do Blog montain bike bh

18 outubro, 2006

Resultados do desafio Intermodal de Santo André


Como esperado A bicicleta é o meio de transporte mais eficaz que existe.


Os resultados Extra-oficiais do desafio Intermodal de Santo André são estes:


Moto (Rodrigo) – 40 minutos

Bicicleta (Marcelo) – 46 minutos

Moto (Welinton) – 49 minutos*

Automóvel (José Batista) - 58 minutos

Bicicleta (Renato) – 1 hora e 23 minutos**

Trem + ônibus (Adriana) – 1 hora e 28 minutos

Trolebus + Metrô (Alexandre) – 1 hora e 35 minutos

Trem + Metrô (Antônio) – 1 hora e 50 minutos***

Detalhes:

* Welinton fez o mesmo percurso que o Rodrigo, com a diferença que o Welinton só andou em corredores (no meio dos carros) quando o tráfego estava congestionado ou nas aproximações de semáforo quando este estava vermelho, daí a diferença entre os tempos das duas motos.

** O selim da bicicleta do Renato quebro durante a viagem, prejudicando-a.

*** Antônio é deficiente físico e fez o percurso de cadeira de rodas.

Fonte: Welinton Engenheiro de Tráfego de Santo André.

Segue Link da matéria no Jornal "Diário do grande ABC"

Breve o Relatório Completo

17 outubro, 2006

De volta ao Inferno!!!


Bem, pelo fato de ter sido roubado eu tive que voltar a ser mais um motorista entre os milhões que já entopem as ruas das cidades.
Eu já havia esquecido o quanto é estressante dirigir, e olha que eu não estava no horário de pico...
Que saudades que eu sinto da liberdade de fazer meu caminho por ruas mais tranqüilas, sentir o vento no rosto, ver que REALMENTE a bicicleta é o meio de transporte ideal, além do mais não gasta meu suado dinheirinho em gasolina...
Hoje
eu sou mais um estressado por causa do caos motorizado

13 outubro, 2006

Furto de minha Bicicleta



É com muito pesar e raiva que venho informar o furto da minha bicicleta, minha companheira, minha diva, minha rainha. Minha vida sobre os pedais esta interrompida................e infelizmente por tempo inderteminado, pois não tenho como repor esta grande perda.

É por este motivo e muitos outros que eu acredito cada vez menos no ser humano, este ser despresivel e incensivel que sempre é egoista e não pensa no seu próximo, nas dificuldades da vida de todos...................desculpe o desabafo mas eu hoje estou bastante triste.........mesmo eu que não sou materialista.....mas é que não roubaram apenas uma bicicleta, roubaram meu espirito, minha alma, minha esperança em ver um mundo melhor, tomado pelas bicicletas, o meio de transporte ideal para a Terra............

Fica ai meu desabafo, minha tristeza.....
Mas eu não me dei por vencido, minha luta continua com ou sem uma Bicicleta.

Uma carta para minha Querida Bicicleta

Querida Bicicleta, espero que quem estiver com você, a trate com muito carinho com eu sempre te tratei, que troque sua corrente quando estiver gasta, que te lubrifique coretamente e no tempo correto, que te lave com cuidado e respeito, que sempre te regule para você não reclamar enquanto te pedalo, e que seja fiel a ti assim como eu fui.
Desculpe se eu não te coloquei em um lugar mais seguro, pois eu não imaginava que alguém sem alma poderia nos separar, acabar com nosso relacionamento ciclo-ativista. Me desculpe pelo erro cometido.
E que a sorte esteja com você, Minha Bicicleta...

...LUTO...

Na Espinha do Dragão

"Era uma vez um dragão que vivia nas profundezas do oceano.
Por não poder suportar certa mágoa, abandonou o fundo do mar e dirigiu-se para a costa.
Chegando a um litoral comprido, junto a uma planície alagadiça, avistou uma linda serra verde-azulada.

Seduzido por aquela jóia que brilhava distante, como um longo degrau esmeralda coberto pelas nuvens, foi à terra. Queria ir lá, atravessar as montanhas e ver o que havia do outro lado.

Ainda que fosse vigoroso, não foi fácil transpor a serra. Ora escorregadio, ora encantador, o caminho serpenteava entre cachoeiras e despenhadeiros e o dragão avançava com dificuldade, arrastando seu imenso corpo por entre a mata.

Quando finalmente chegou ao topo, estava exaurido.

Tudo o que pôde ver antes de tombar desacordado foi outra serra, além do planalto, essa muito escura, um rio sinuoso, margeado por uma mata baixa, repleta de aves, e um céu de um azul doído, e era inverno.

Imediatamente caiu num sono profundo de exaustão, que ainda hoje não terminou.

Tudo isso se deu inumeráveis eras atrás.

Enquanto dormia, a criatura continuou a crescer, atingindo muitos quilômetros de comprimento.
Bosques se formaram sobre seu corpo, ervas e árvores cresceram sobre suas escamas, confundindo-o com a paisagem.

É sobre o corpo desse dragão e em torno dele que hoje se ergue e se estende nossa cidade.

Ainda que ele tenha sido coberto pela vegetação, que córregos e lagos tenham se formado sobre seu corpo, que prédios, ruas, viadutos e carros hoje o tenham desfigurado, ele vive.

A pé ou de bicicleta, em um ou outro lugar da cidade é possível observar sinais de sua anatomia."


Este texto foi retirado do Blog Na "Na Espinha do Dragão"

11 outubro, 2006

Novo Blogger Beta

Salve Galera....
Agora que eu migrei para o novo Blogger Beta, minha vida de blogueiro melhorou e muito....pois eu sempre fui um pouco analfabeto em HTML, mas agora esta tudo uma maravilha..!!!!!! pra quem quer iniciar como blogueiro ou quem ja tiver mas o migrou ainda eu recomendo......

09 outubro, 2006

03 outubro, 2006

Desafio Intermodal Aqui no ABC

Marco Borba
Do Diário do Grande ABC

O DTC (Departamento de Trânsito e Circulação) de Santo André recruta voluntários interessados em participar do Desafio Intermodal Metropolitano, que ocorre no próximo dia 20. Os voluntários terão de percorrer 14,2 km de carro, motocicleta, bicicleta ou transporte coletivo (ônibus, trem ou metrô) o espaço entre a Praça 4º Centenário, no Centroda cidade, e a caixa d´ água da Sabesp, na altura do número 2.600 da rua Vergueiro, na capital.

De acordo com o arquiteto e urbanista do DTC, Welinton de Bastos, o objetivo é avaliar uma série de dados a partir dos deslocamentos por meio desses meios de transporte, como tempo de viagem, velocidade média, segurança, economia e conforto. "A meta é apontar qual o meio mais atrativo para o passageiro em termos de economia e conforto."

As informações serão obtidas por meio de questionários aplicados aos voluntários após o desafio. Os dados devem ser conhecidos 20 dias após o evento.

O DTC pretende realizar a gincana durante os chamados horários de pico, pela manhã e à tarde. "Mas vai depender do número de voluntários. Precisamos de uma pessoa para cada meio de transporte e que possa fazer isso nos dois períodos", oberva Bastos.

O desafio foi criado na Eco-92, evento que reuniu, na cidade do Rio de Janeiro, líderes mundiais, ecologistas e pesquisadores para discutir questões ligadas ao meio ambiente, como poluição e aquecimentoglobal.

No Rio, o evento é realizado periodicamente, sob o planejamento de ONGs (Organizações Não-governamenais). Em São Paulo, o desafio foi realizado pela primeira vez no último dia 20, entre a Praça do Patriarca, no Centro da capital, e a estação Berrini da CPTM (Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos), próxima à marginal Pinheiros.

Ainda segundo Bastos, o interesse de Santo André pelo desafio se deu há um mês, ocasião em que técnicos da Prefeitura participaram de um workshop internacional sobre planejamento cicloviário realizado em Guarulhos. "Esse planejamento já consta no nosso Plano Diretor de Mobilidade Urbana, que tramita na Câmara."

Desafio Intermodal Metropolitano – inscrições até o próximo dia 9. Informações pelo telefone 4992-6033.

03 julho, 2006

Bicicletada - SP



Finalmente eu fui conferir de perto a Bicicletada de São Paulo (www.bicicletada.org) , e fiquei muito feliz com o andamento das coisas , várias pessoas que realmente querem fazer algo a respeito e fazer aparecer as idéias em prol da bicicleta.
Esta minha participação na Bicicletada provocou o renascimento de várias idéias que tinha a respeito do uso da bicicleta como meio de transporte viavel, ecológico e extremamente funcional...portanto aguardem que logo logo eu estarei colocando todos os projetos em andamento.

07 novembro, 2005

Segurança sobre duas rodas



Tempos de crise, violência no transito e insegurança. Devido a essa atual situação que assola nossa nação, decidimos dar umas dicas para pedalar longe de encrencas e evitar inconvenientes com assaltos ou furtos. Confira!

Sempre que falamos em segurança, relacionamos o assunto com o uso de capacete, luvas, óculos, cotoveleiras... É claro que esses itens de segurança são fundamentais e nunca deveriam ser esquecidos. Porem, devido ao crescimento numero de incidentes ocorridos, resolvemos apresentar algumas dicas de sobrevivência, para que nestes tempos de impunidade e violência o ciclista consiga sobreviver com um pouco mais de dignidade e relativa segurança.

COMPRANDO SUA BIKE

Ao comprar sua bicicleta, exija a nota fiscal e peca que o numero do quadro (chassis) conte na nota fiscal. Em caso de furto, a nota e a sua melhor garantia para recuperá-la.
Não compre bikes ou pecas a preço de “ocasião”, oferecidas por pessoas estranhas e lojas pouco confiáveis. Geralmente, são imitações, falsificações, mercadorias roubadas ou bens que podem mesmo não existir.
Ao fazer negocio com desconhecidos, consiga referencias de fontes confiáveis e peça sempre um recibo de compra e venda.

COMO SE PREVENIR

Quando estiver pedalando, leve consigo algum tipo de documento no qual conste nome, endereço, fator RH e tipo sangüíneo. E informações de alergia e algum medicamento ou substância.
Anote em um cartão e plastifique os dados de sua bike, como marca, modelo, cor, numero do quadro e principais pecas e peculiaridades.

PEDALANDO...

Avise alguém ou deixe escrito em casa o local e a hora que foi pedalar, com quem foi e quanto tempo pretendem demorar.
Sempre que possível,pedale com amigos ou em grupo.
Ouvir os ruídos do ambiente ao seu redor é muito importante. Portanto, não use aparelhos de som enquanto pedala.

QUANDO ESTIVER PARADO!

Mantenha sempre sua bicicleta sob vigilância e use trancas e cadeados caso precise deixá-la sozinha (mesmo que seja só por alguns instantes).
Evite encostar sua bike em locais escuros e longe da vista de porteiros, guardas e funcionários de lojas...
Quando for trancar ou soltar sua bike, seja rápido e objetivo. Não de mole!
Evite parar em semáforos e cruzamentos tarde da noite. Sempre que possível, mantenha-se em movimento.

INFELISMENTE, SE ALGO ACONTECER...

Em caso de furto ou roubo, ligue para policia (190) e forneça todos os dados e as características particulares de sua bicicleta (marca, numero do quadro, cor, modelo...). Use o cartão plastificado, lembra?
Se você viu o ladrão, tente descrevê-lo também (cor altura roupas direção da fuga).
Em hipótese alguma tente reagir ou fugir.
Entregue ao criminoso o que ele exigir. Assim, o tempo do roubo será menor.
Tenha consciência de que há a possibilidade de existir outra pessoa dando cobertura ao crime.
Se você presenciar um assalto, mantenha-se afastado do local e evite interferir para não colocar em risco sua vida. Ligue para a policia e repasse as informações possíveis. Após a saída do agressor, procure ajudar a vitima.
É certo que não conseguiremos evitar totalmente que imprevistos aconteçam. No entanto, seguir estas regras certamente ajudara você a pedalar de maneira mais racional e longe de problemas.
Muita atenção e boas pedaladas...
(texto retirado da revista BikeAction Numero 38)

31 outubro, 2005

Poluição veicular urbana


"Texto longo, mas muito bom"

Mônica Kofler Freitas (*)


O problema da poluição do ar tem constituído uma das mais graves ameaças à qualidade do ar da população nos grandes centros urbanos. Este problema é determinado por um complexo sistema que envolve emissões provenientes de processos industriais, transportes, queima do combustível industrial e doméstico, queimadas originadas de desmatamentos ou da indústria agro-açucareira, geração de energia elétrica, incineração, enfim, subprodutos que o desenvolvimento industrial pode propiciar.

A poluição do ar causada através do transporte tem sido considerada merecedora de estudo pelo fato da expansão da indústria automobilística. São crescentes as quantidades de automóveis, que freqüentemente poluem em escala bem maior do que seria absorvível pelo ambiente. Para se ter uma idéia, dados da CETESB - 2003 - mostram que 97% destes poluentes na Região Metropolitana de São Paulo são emitidos por veículos em circulação ou em processos evaporativos de seus reservatórios. Os veículos movidos à gasolina são responsáveis pela emissão anual de 790,2 mil toneladas de monóxido de carbono (CO), 84,2 ton. de hidrocarbonetos e 51,8 mil ton. de dióxidos de nitrogênio(NOx). Os veículos a álcool respondem por 211,5 mil toneladas de monóxido de carbono (CO), 22,9 mil ton. de hidrocarbonetos e 12,6 mil ton. de dióxidos de nitrogênio(NOx). Os veículos a diesel respondem por 444,4 mil toneladas de monóxido de carbono (CO), 72,4 mil ton. de hidrocarbonetos, 324,5 ton. de dióxidos de nitrogênio(NOx), 11,2 mil ton. de dióxidos de enxofre (SOx) e 20,2 mil ton. de materiais particulados. Não se esquecendo que, as motocicletas na Região Metropolitana de São Paulo, emitem anualmente 238,9 mil toneladas de monóxido de carbono.

Os impactos da poluição veicular vão além das fronteiras regionais, pois é uma fonte reconhecida de emissões que contribuem para o efeito estufa - aquecimento global. Segundo a organização não governamental Greenpeace "anualmente, cada carro joga à atmosfera uma quantidade de CO2 equivalente a 4 vezes o seu peso. E mais de 4 bilhões de toneladas de CO2 são emitidas por veículos da frota mundial."

Entretanto, as cidades com o crescimento cada vez mais rápido e desordenado sofrem modificações radicais no seu ambiente urbano, afetando a saúde dos seres humanos e animais, danificando a vegetação, deteriorando os materiais, afetando o clima, reduzindo a radiação solar e interferindo com a qualidade de vida. Os assentamentos espontâneos e o esparramamento geográfico de áreas residenciais, que se entende pelos novos loteamentos na periferia urbana, geram cada vez mais a necessidade do uso do veículo.

A necessidade da organização do espaço urbano também está aliada à qualidade ambiental. O Planejamento Urbano tem a principal função de estabelecer e indicar medidas, diretrizes e restrições para a ocupação e a correta utilização que este espaço pode gerar, impedindo que o crescimento desorganizado venha prejudicar o próprio desenvolvimento futuro para a nossa sociedade.

Através de estudos, existem evidências de que em subúrbios de menor densidade populacional as pessoas viajam maiores distâncias e com maior freqüência do que nas regiões mais compactas. Dados do National Travel Survey, do governo dos Estados Unidos, revelam que a demanda por viagens cresce rapidamente à medida em que as densidades caem para 15 pessoas por hectare e cai notadamente à medida em que a densidade aumenta para mais de 50 pessoas por hectare.

A especulação imobiliária que acontece pela supervalorização de áreas centrais, os grandes vazios urbanos mantidos como reserva de mercado imobiliário, a elevação do preço da terra em função de melhoramentos urbanos introduzidos, muitas vezes pelas próprias administrações públicas, fazem com que as camadas da população de poder aquisitivo se desloquem cada vez mais para a periferia, implicando na necessidade cada vez maior de viagens. Como também observa-se que o acesso à centralização de algumas atividades como shopping center e hipermercados só podem ser feito por veículos.

A poluição do ar também varia de região para região, dependendo da topografia e das condições meteorológicas, das disposições dos edifícios (altura e largura) e orientação da rua em uma determinada zona de intenso tráfego, isso faz com que a dispersão dos gases na atmosfera possa ter uma duração de apenas minutos, horas e até semanas. Na época de inverno, por exemplo, a dispersão é dificultada por causa da famosa inversão térmica. É neste período que na Região de São Paulo a CETESB promove algumas medidas de controle da poluição por veículos, com o intuito de minimizar as emissões. São as chamadas Operações de Inverno, onde o carro particular trafega em dias determinados nas vias conforme o número de sua placa.

Em outros países, o nível de controle é bem mais severo, através das fiscalizações de emissão de gás diretamente nos veículos e taxas de impostos sobre a emissão. Por exemplo, em Singapura, segundo Singapore Land Transport Authority, o governo introduziu um sistema inteligente, o pedágio eletrônico. Cada veículo tem um equipamento instalado, que é recarregado por cartão magnético com valores monetários. O equipamento instalado no veículo detecta ao passar por um sensor no piso da via, e descarregará um certo valor monetário, pois quem passar em horários de rush contribui com o congestionamento e maior poluição, e dessa forma cobra-se o pedágio pela passagem naquela via.

Controlar a poluição veicular constitui-se em grande parte desafio, sobretudo com a perspectiva de crescimento econômico que o país está passando neste momento. A frota brasileira vem crescendo em ritmo acelerado - em 2004 chegou a 22 milhões, sendo 17,9 milhões de automóveis; 3,087 milhões de comerciais leves; 1,17 milhão de caminhões e cerca de 258 mil ônibus.

Na Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, o número de veículos é da ordem de 6 milhões. Se considerarmos um comprimento médio de 5 metros por veículo, estamos falando de uma fila de veículos de 26.500 quilômetros, meia volta no nosso planeta. Na cidade de São Paulo, destaca-se no país apresentando o índice de 2,18 habitantes/veículos, equivalente a de países desenvolvidos como a Bélgica e Suécia.

É preciso esforços para formular estratégias coerentes para o controle da poluição do ar associada a ocupação e uso do solo urbano. Já é tempo de se começar a pensar em como serão as nossas cidades no futuro.

O monitoramento da qualidade ambiental é uma das ações de maior importância, mas mais do que isso, é a conscientização da população quanto aos problemas do meio em que vivemos. Para isso cada município deve desenvolver um sistema de gestão ambiental, desenvolver a sua Agenda 21, adotada pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, na Rio '92, visando a proteção ao meio ambiente e a qualidade de vida.

Aos municípios cabem as maiores responsabilidades, deveres e direitos para a obtenção de uma vida saudável ao cidadão. Este é o desafio.


* É arquiteta e urbanista

>>Pois é, um dos pontos em que eu sempre gostei de discutir, é que em nossas grandes cidades fossem adotadas politicas em torno dos transportes coletivos, que se fossem melhor dimencionado e racionalizado, seria um grande pulo para uma melhor quakidade de nossos ares como de vida...

30 outubro, 2005

Estamos de volta


Tive alguns problemas com o meu computador mas eu estou retomando o "Guidão" deste pequeno espaço, onde buscamos orientar e mostrar o uso da bicicleta como meio de transporte economicamente viável, e ecologicamente correto...
Espero poder atualizar este blog pelo menos semanalmente, mas meu objetivo é de faze-lo diariamente, estarei me esforçando para isso.

26 agosto, 2005

combustível caro muda a rotina de motoristas em diversos países em todo o Mundo

Combustível caro muda a rotina de motoristas em diversos países
Em todo o mundo, os motoristas vêm recorrendo a algumas medidas extremas para combater os preços altos do petróleo.
Os alemães estão abastecendo seus carros com óleo de aquecimento doméstico. Os poloneses cruzam a fronteira com a Ucrânia para comprar gasolina mais barata. Em um caso trágico, no Alabama, o proprietário de um posto de gasolina foi atropelado e morreu quando tentou impedir que um motorista saísse sem pagar pelo combustível.
Mas nem todos os consumidores são iguais quando se trata de preços da gasolina.
Na Europa, a gasolina já muito é mais cara do que nos Estados Unidos devido aos impostos mais altos usados para financiar projetos governamentais e para encorajar as pessoas a usar serviços de transporte coletivo.
Os consumidores pagam duas ou até três vezes mais que os norte-americanos pelo combustível. A desigualdade é agravada por salários freqüentemente inferiores à média norte-americana. Nos países em desenvolvimento, a situação é ainda mais difícil.
Os norte-americanos consideram que ir de carro onde e quando queiram é um direito básico, e dadas as deficiências no transporte público em boa parte do país, as autoridades dos Estados Unidos, no passado e no presente, evitaram impor custos mais altos de combustível aos seus contribuintes, sabendo que pagariam caro por isso nas eleições.
O governo também sabe que subsidiar os longos percursos que os americanos fazem em seus carros para chegar ao trabalho ou entregar produtos estimula a economia, o que permite que as receitas mais baixas com impostos sobre a gasolina sejam compensadas por arrecadação mais alta de impostos de renda e corporativos.
Na ponta oposta, os países europeus, com distâncias mais curtas e densidade populacional maior, têm interesse em cobrar mais das pessoas pelo direito a dirigir.
As economias européias dependem menos da cultura do automóvel para seu crescimento, e os impostos altos os ajudam a enfrentar o perene problema dos congestionamentos, bem como a cumprir os compromissos da região com a proteção ambiental.
Na Europa, impostos e taxas adicionais sobre os carros novos, uso de estradas e pedágios tornam ainda mais dispendioso se deslocar de carro. Na Noruega, por exemplo, um imposto de 100% sobre os carros zero duplica o que seria o preço básico de venda. Determinar até que ponto as medidas funcionam, no entanto, é questão bastante diferente.
"Nós aceitamos muita coisa", fiz Egil Otter, da Associação Automobilística Norueguesa, sobre o alto custo do transporte por automóvel, que inclui preços de 11 coroas (R$ 4,11) por litro de gasolina. "Quando os custos de uso do automóvel sobem, as pessoas não dirigem menos. Preferem reduzir seus gastos em outras áreas."
Com a alta do preço do petróleo, aumentaram os preços nas bombas, e os operadores de postos de gasolina estão atualizando suas tabelas de preços cada vez que o preço por barril muda. Na Holanda, um litro de gasolina custa o equivalente a R$ 3,44, ou US$ 1,42, mais do dobro do preço pago nos Estados Unidos.
Quase dois terços desse valor representam impostos e tarifas. Se as taxas fossem eliminadas, o litro de gasolina holandesa custaria menos de R$ 1,57, ou US$ 0,65.
Alemães, franceses, italianos, belgas, portugueses e britânicos pagam quase tanto por sua gasolina quanto os holandeses e uma vez mais os impostos respondem pela maior parte do preço.
Agravando o problema, os salários nesses países são quase sempre mais baixos do que nos Estados Unidos. Os prósperos suecos, por exemplo, têm renda per capita de 275 mil coroas, o equivalente a US$ 36 mil, ainda alguns milhares de dólares abaixo do ganho médio de um americano.
As coisas são ainda mais difíceis em outras partes do mundo.
No Haiti, o país mais pobre do hemisfério ocidental, a maior parte das pessoas sobrevive com menos de US$ 1 (R$ 2,42) por dia -mais ou menos o preço de um litro de gasolina, com os impostos respondendo por um terço disso.
"Se o preço da gasolina se mantiver elevado, jamais terei dinheiro para me casar e ter filhos", disse Jean-Louis Pierre, 25, que ganha a vida embarcando a cada dia o maior número possível de passageiros em seu "tap-tap", uma picape que ele usa como lotação.
Na fronteira
Embora medidas severas da alfândega tenham reduzido o contrabando de gasolina da Ucrânia e Romênia para a Hungria, os húngaros que vivem perto dos dois países costumam cruzar as fronteiras para encher os tanques de seus carros com o combustível mais barato à venda do outro lado -como fazem os alemães que vivem perto da Polônia e os poloneses que vivem perto da Ucrânia.
"Eu vou cerca de três vezes por mês", disse Roman Grasse, motorista de táxi berlinense, sobre suas jornadas de 100 km até a cidade polonesa mais próxima, onde abastece seu carro.
Alguns motoristas ucranianos agora carregam latões de gasolina nos porta-malas de seus carros para vender na Polônia.
A polícia alemã começou a deter carros a diesel para verificar se não foram abastecidos com óleo de aquecimento doméstico -praticamente a mesma substância, mas tributada com alíquotas mais baixas.
No sudoeste da Suécia, a cidade de Trollhattan, que abriga uma fábrica da Saab, se tornou atração ainda maior para os donos de automóveis, porque uma guerra de preços entre postos reduziu o preço do combustível em 30%.
"A única coisa ruim são as filas de 30 ou 40 carros", disse o motorista Stig Andreasson ao jornal sueco "Expressen". "E quando você consegue chegar à bomba, às vezes a gasolina acabou."


Folha de S.Paulo – Dinheiro – 26/08/2005 – Pág, B-12


Seria muito mais fácil eles usarem suas bicicletas e os meios de transportes públicos....