07 novembro, 2005

Segurança sobre duas rodas



Tempos de crise, violência no transito e insegurança. Devido a essa atual situação que assola nossa nação, decidimos dar umas dicas para pedalar longe de encrencas e evitar inconvenientes com assaltos ou furtos. Confira!

Sempre que falamos em segurança, relacionamos o assunto com o uso de capacete, luvas, óculos, cotoveleiras... É claro que esses itens de segurança são fundamentais e nunca deveriam ser esquecidos. Porem, devido ao crescimento numero de incidentes ocorridos, resolvemos apresentar algumas dicas de sobrevivência, para que nestes tempos de impunidade e violência o ciclista consiga sobreviver com um pouco mais de dignidade e relativa segurança.

COMPRANDO SUA BIKE

Ao comprar sua bicicleta, exija a nota fiscal e peca que o numero do quadro (chassis) conte na nota fiscal. Em caso de furto, a nota e a sua melhor garantia para recuperá-la.
Não compre bikes ou pecas a preço de “ocasião”, oferecidas por pessoas estranhas e lojas pouco confiáveis. Geralmente, são imitações, falsificações, mercadorias roubadas ou bens que podem mesmo não existir.
Ao fazer negocio com desconhecidos, consiga referencias de fontes confiáveis e peça sempre um recibo de compra e venda.

COMO SE PREVENIR

Quando estiver pedalando, leve consigo algum tipo de documento no qual conste nome, endereço, fator RH e tipo sangüíneo. E informações de alergia e algum medicamento ou substância.
Anote em um cartão e plastifique os dados de sua bike, como marca, modelo, cor, numero do quadro e principais pecas e peculiaridades.

PEDALANDO...

Avise alguém ou deixe escrito em casa o local e a hora que foi pedalar, com quem foi e quanto tempo pretendem demorar.
Sempre que possível,pedale com amigos ou em grupo.
Ouvir os ruídos do ambiente ao seu redor é muito importante. Portanto, não use aparelhos de som enquanto pedala.

QUANDO ESTIVER PARADO!

Mantenha sempre sua bicicleta sob vigilância e use trancas e cadeados caso precise deixá-la sozinha (mesmo que seja só por alguns instantes).
Evite encostar sua bike em locais escuros e longe da vista de porteiros, guardas e funcionários de lojas...
Quando for trancar ou soltar sua bike, seja rápido e objetivo. Não de mole!
Evite parar em semáforos e cruzamentos tarde da noite. Sempre que possível, mantenha-se em movimento.

INFELISMENTE, SE ALGO ACONTECER...

Em caso de furto ou roubo, ligue para policia (190) e forneça todos os dados e as características particulares de sua bicicleta (marca, numero do quadro, cor, modelo...). Use o cartão plastificado, lembra?
Se você viu o ladrão, tente descrevê-lo também (cor altura roupas direção da fuga).
Em hipótese alguma tente reagir ou fugir.
Entregue ao criminoso o que ele exigir. Assim, o tempo do roubo será menor.
Tenha consciência de que há a possibilidade de existir outra pessoa dando cobertura ao crime.
Se você presenciar um assalto, mantenha-se afastado do local e evite interferir para não colocar em risco sua vida. Ligue para a policia e repasse as informações possíveis. Após a saída do agressor, procure ajudar a vitima.
É certo que não conseguiremos evitar totalmente que imprevistos aconteçam. No entanto, seguir estas regras certamente ajudara você a pedalar de maneira mais racional e longe de problemas.
Muita atenção e boas pedaladas...
(texto retirado da revista BikeAction Numero 38)

31 outubro, 2005

Poluição veicular urbana


"Texto longo, mas muito bom"

Mônica Kofler Freitas (*)


O problema da poluição do ar tem constituído uma das mais graves ameaças à qualidade do ar da população nos grandes centros urbanos. Este problema é determinado por um complexo sistema que envolve emissões provenientes de processos industriais, transportes, queima do combustível industrial e doméstico, queimadas originadas de desmatamentos ou da indústria agro-açucareira, geração de energia elétrica, incineração, enfim, subprodutos que o desenvolvimento industrial pode propiciar.

A poluição do ar causada através do transporte tem sido considerada merecedora de estudo pelo fato da expansão da indústria automobilística. São crescentes as quantidades de automóveis, que freqüentemente poluem em escala bem maior do que seria absorvível pelo ambiente. Para se ter uma idéia, dados da CETESB - 2003 - mostram que 97% destes poluentes na Região Metropolitana de São Paulo são emitidos por veículos em circulação ou em processos evaporativos de seus reservatórios. Os veículos movidos à gasolina são responsáveis pela emissão anual de 790,2 mil toneladas de monóxido de carbono (CO), 84,2 ton. de hidrocarbonetos e 51,8 mil ton. de dióxidos de nitrogênio(NOx). Os veículos a álcool respondem por 211,5 mil toneladas de monóxido de carbono (CO), 22,9 mil ton. de hidrocarbonetos e 12,6 mil ton. de dióxidos de nitrogênio(NOx). Os veículos a diesel respondem por 444,4 mil toneladas de monóxido de carbono (CO), 72,4 mil ton. de hidrocarbonetos, 324,5 ton. de dióxidos de nitrogênio(NOx), 11,2 mil ton. de dióxidos de enxofre (SOx) e 20,2 mil ton. de materiais particulados. Não se esquecendo que, as motocicletas na Região Metropolitana de São Paulo, emitem anualmente 238,9 mil toneladas de monóxido de carbono.

Os impactos da poluição veicular vão além das fronteiras regionais, pois é uma fonte reconhecida de emissões que contribuem para o efeito estufa - aquecimento global. Segundo a organização não governamental Greenpeace "anualmente, cada carro joga à atmosfera uma quantidade de CO2 equivalente a 4 vezes o seu peso. E mais de 4 bilhões de toneladas de CO2 são emitidas por veículos da frota mundial."

Entretanto, as cidades com o crescimento cada vez mais rápido e desordenado sofrem modificações radicais no seu ambiente urbano, afetando a saúde dos seres humanos e animais, danificando a vegetação, deteriorando os materiais, afetando o clima, reduzindo a radiação solar e interferindo com a qualidade de vida. Os assentamentos espontâneos e o esparramamento geográfico de áreas residenciais, que se entende pelos novos loteamentos na periferia urbana, geram cada vez mais a necessidade do uso do veículo.

A necessidade da organização do espaço urbano também está aliada à qualidade ambiental. O Planejamento Urbano tem a principal função de estabelecer e indicar medidas, diretrizes e restrições para a ocupação e a correta utilização que este espaço pode gerar, impedindo que o crescimento desorganizado venha prejudicar o próprio desenvolvimento futuro para a nossa sociedade.

Através de estudos, existem evidências de que em subúrbios de menor densidade populacional as pessoas viajam maiores distâncias e com maior freqüência do que nas regiões mais compactas. Dados do National Travel Survey, do governo dos Estados Unidos, revelam que a demanda por viagens cresce rapidamente à medida em que as densidades caem para 15 pessoas por hectare e cai notadamente à medida em que a densidade aumenta para mais de 50 pessoas por hectare.

A especulação imobiliária que acontece pela supervalorização de áreas centrais, os grandes vazios urbanos mantidos como reserva de mercado imobiliário, a elevação do preço da terra em função de melhoramentos urbanos introduzidos, muitas vezes pelas próprias administrações públicas, fazem com que as camadas da população de poder aquisitivo se desloquem cada vez mais para a periferia, implicando na necessidade cada vez maior de viagens. Como também observa-se que o acesso à centralização de algumas atividades como shopping center e hipermercados só podem ser feito por veículos.

A poluição do ar também varia de região para região, dependendo da topografia e das condições meteorológicas, das disposições dos edifícios (altura e largura) e orientação da rua em uma determinada zona de intenso tráfego, isso faz com que a dispersão dos gases na atmosfera possa ter uma duração de apenas minutos, horas e até semanas. Na época de inverno, por exemplo, a dispersão é dificultada por causa da famosa inversão térmica. É neste período que na Região de São Paulo a CETESB promove algumas medidas de controle da poluição por veículos, com o intuito de minimizar as emissões. São as chamadas Operações de Inverno, onde o carro particular trafega em dias determinados nas vias conforme o número de sua placa.

Em outros países, o nível de controle é bem mais severo, através das fiscalizações de emissão de gás diretamente nos veículos e taxas de impostos sobre a emissão. Por exemplo, em Singapura, segundo Singapore Land Transport Authority, o governo introduziu um sistema inteligente, o pedágio eletrônico. Cada veículo tem um equipamento instalado, que é recarregado por cartão magnético com valores monetários. O equipamento instalado no veículo detecta ao passar por um sensor no piso da via, e descarregará um certo valor monetário, pois quem passar em horários de rush contribui com o congestionamento e maior poluição, e dessa forma cobra-se o pedágio pela passagem naquela via.

Controlar a poluição veicular constitui-se em grande parte desafio, sobretudo com a perspectiva de crescimento econômico que o país está passando neste momento. A frota brasileira vem crescendo em ritmo acelerado - em 2004 chegou a 22 milhões, sendo 17,9 milhões de automóveis; 3,087 milhões de comerciais leves; 1,17 milhão de caminhões e cerca de 258 mil ônibus.

Na Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, o número de veículos é da ordem de 6 milhões. Se considerarmos um comprimento médio de 5 metros por veículo, estamos falando de uma fila de veículos de 26.500 quilômetros, meia volta no nosso planeta. Na cidade de São Paulo, destaca-se no país apresentando o índice de 2,18 habitantes/veículos, equivalente a de países desenvolvidos como a Bélgica e Suécia.

É preciso esforços para formular estratégias coerentes para o controle da poluição do ar associada a ocupação e uso do solo urbano. Já é tempo de se começar a pensar em como serão as nossas cidades no futuro.

O monitoramento da qualidade ambiental é uma das ações de maior importância, mas mais do que isso, é a conscientização da população quanto aos problemas do meio em que vivemos. Para isso cada município deve desenvolver um sistema de gestão ambiental, desenvolver a sua Agenda 21, adotada pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, na Rio '92, visando a proteção ao meio ambiente e a qualidade de vida.

Aos municípios cabem as maiores responsabilidades, deveres e direitos para a obtenção de uma vida saudável ao cidadão. Este é o desafio.


* É arquiteta e urbanista

>>Pois é, um dos pontos em que eu sempre gostei de discutir, é que em nossas grandes cidades fossem adotadas politicas em torno dos transportes coletivos, que se fossem melhor dimencionado e racionalizado, seria um grande pulo para uma melhor quakidade de nossos ares como de vida...

30 outubro, 2005

Estamos de volta


Tive alguns problemas com o meu computador mas eu estou retomando o "Guidão" deste pequeno espaço, onde buscamos orientar e mostrar o uso da bicicleta como meio de transporte economicamente viável, e ecologicamente correto...
Espero poder atualizar este blog pelo menos semanalmente, mas meu objetivo é de faze-lo diariamente, estarei me esforçando para isso.

26 agosto, 2005

combustível caro muda a rotina de motoristas em diversos países em todo o Mundo

Combustível caro muda a rotina de motoristas em diversos países
Em todo o mundo, os motoristas vêm recorrendo a algumas medidas extremas para combater os preços altos do petróleo.
Os alemães estão abastecendo seus carros com óleo de aquecimento doméstico. Os poloneses cruzam a fronteira com a Ucrânia para comprar gasolina mais barata. Em um caso trágico, no Alabama, o proprietário de um posto de gasolina foi atropelado e morreu quando tentou impedir que um motorista saísse sem pagar pelo combustível.
Mas nem todos os consumidores são iguais quando se trata de preços da gasolina.
Na Europa, a gasolina já muito é mais cara do que nos Estados Unidos devido aos impostos mais altos usados para financiar projetos governamentais e para encorajar as pessoas a usar serviços de transporte coletivo.
Os consumidores pagam duas ou até três vezes mais que os norte-americanos pelo combustível. A desigualdade é agravada por salários freqüentemente inferiores à média norte-americana. Nos países em desenvolvimento, a situação é ainda mais difícil.
Os norte-americanos consideram que ir de carro onde e quando queiram é um direito básico, e dadas as deficiências no transporte público em boa parte do país, as autoridades dos Estados Unidos, no passado e no presente, evitaram impor custos mais altos de combustível aos seus contribuintes, sabendo que pagariam caro por isso nas eleições.
O governo também sabe que subsidiar os longos percursos que os americanos fazem em seus carros para chegar ao trabalho ou entregar produtos estimula a economia, o que permite que as receitas mais baixas com impostos sobre a gasolina sejam compensadas por arrecadação mais alta de impostos de renda e corporativos.
Na ponta oposta, os países europeus, com distâncias mais curtas e densidade populacional maior, têm interesse em cobrar mais das pessoas pelo direito a dirigir.
As economias européias dependem menos da cultura do automóvel para seu crescimento, e os impostos altos os ajudam a enfrentar o perene problema dos congestionamentos, bem como a cumprir os compromissos da região com a proteção ambiental.
Na Europa, impostos e taxas adicionais sobre os carros novos, uso de estradas e pedágios tornam ainda mais dispendioso se deslocar de carro. Na Noruega, por exemplo, um imposto de 100% sobre os carros zero duplica o que seria o preço básico de venda. Determinar até que ponto as medidas funcionam, no entanto, é questão bastante diferente.
"Nós aceitamos muita coisa", fiz Egil Otter, da Associação Automobilística Norueguesa, sobre o alto custo do transporte por automóvel, que inclui preços de 11 coroas (R$ 4,11) por litro de gasolina. "Quando os custos de uso do automóvel sobem, as pessoas não dirigem menos. Preferem reduzir seus gastos em outras áreas."
Com a alta do preço do petróleo, aumentaram os preços nas bombas, e os operadores de postos de gasolina estão atualizando suas tabelas de preços cada vez que o preço por barril muda. Na Holanda, um litro de gasolina custa o equivalente a R$ 3,44, ou US$ 1,42, mais do dobro do preço pago nos Estados Unidos.
Quase dois terços desse valor representam impostos e tarifas. Se as taxas fossem eliminadas, o litro de gasolina holandesa custaria menos de R$ 1,57, ou US$ 0,65.
Alemães, franceses, italianos, belgas, portugueses e britânicos pagam quase tanto por sua gasolina quanto os holandeses e uma vez mais os impostos respondem pela maior parte do preço.
Agravando o problema, os salários nesses países são quase sempre mais baixos do que nos Estados Unidos. Os prósperos suecos, por exemplo, têm renda per capita de 275 mil coroas, o equivalente a US$ 36 mil, ainda alguns milhares de dólares abaixo do ganho médio de um americano.
As coisas são ainda mais difíceis em outras partes do mundo.
No Haiti, o país mais pobre do hemisfério ocidental, a maior parte das pessoas sobrevive com menos de US$ 1 (R$ 2,42) por dia -mais ou menos o preço de um litro de gasolina, com os impostos respondendo por um terço disso.
"Se o preço da gasolina se mantiver elevado, jamais terei dinheiro para me casar e ter filhos", disse Jean-Louis Pierre, 25, que ganha a vida embarcando a cada dia o maior número possível de passageiros em seu "tap-tap", uma picape que ele usa como lotação.
Na fronteira
Embora medidas severas da alfândega tenham reduzido o contrabando de gasolina da Ucrânia e Romênia para a Hungria, os húngaros que vivem perto dos dois países costumam cruzar as fronteiras para encher os tanques de seus carros com o combustível mais barato à venda do outro lado -como fazem os alemães que vivem perto da Polônia e os poloneses que vivem perto da Ucrânia.
"Eu vou cerca de três vezes por mês", disse Roman Grasse, motorista de táxi berlinense, sobre suas jornadas de 100 km até a cidade polonesa mais próxima, onde abastece seu carro.
Alguns motoristas ucranianos agora carregam latões de gasolina nos porta-malas de seus carros para vender na Polônia.
A polícia alemã começou a deter carros a diesel para verificar se não foram abastecidos com óleo de aquecimento doméstico -praticamente a mesma substância, mas tributada com alíquotas mais baixas.
No sudoeste da Suécia, a cidade de Trollhattan, que abriga uma fábrica da Saab, se tornou atração ainda maior para os donos de automóveis, porque uma guerra de preços entre postos reduziu o preço do combustível em 30%.
"A única coisa ruim são as filas de 30 ou 40 carros", disse o motorista Stig Andreasson ao jornal sueco "Expressen". "E quando você consegue chegar à bomba, às vezes a gasolina acabou."


Folha de S.Paulo – Dinheiro – 26/08/2005 – Pág, B-12


Seria muito mais fácil eles usarem suas bicicletas e os meios de transportes públicos....

20 agosto, 2005

Poluição em SP mata oito por dia



A poluição atmosférica mata indiretamente, em média, oito pessoas por dia na cidade de São Paulo. A exposição aos diversos poluentes emitidos também reduz a expectativa de vida dos habitantes: pesquisas indicam que o paulistano perde dois anos de vida por morar em um local poluído.

Apesar de assustadores, esses números já foram maiores --chegaram a 12 mortes diárias indiretamente causadas por poluentes e três anos de vida perdidos.

Os dados, baseados em diversos estudos do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP, mostram que ações como o Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) e o rodízio foram positivas para a melhoria da qualidade de vida na capital.

Mas, segundo o professor Paulo Saldiva, as conseqüências da poluição à saúde ainda são alarmantes e é preciso mais medidas para enfrentá-las. "Diferentemente do cigarro, a poluição do ar não pode ser evitada pelas pessoas."

Segundo ele, quem mais tem problema de saúde decorrente da inalação de poluentes são os idosos, que acabam sendo vítimas principalmente de pneumonia, infarto agudo do miocárdio e enfisema. Já as crianças, que vêm na seqüência na lista de mais afetadas, têm pneumonia e asma.

A pneumonia, inclusive, foi a terceira principal causa de morte na capital no ano passado. O número de casos da doença que resultaram em óbito aumentou 11% de 2003 a 2004, segundo levantamento da CEInfo (Coordenação de Epidemiologia e Informação), da Secretaria Municipal da Saúde.

"Mesmo as pessoas saudáveis sofrem os efeitos da poluição e ficam mais hipertensas nos dias poluídos", afirmou Saldiva.

Além das oito mortes diárias induzidas pela poluição, uma pesquisa do laboratório indica que há um aborto por dia na cidade, depois do quinto mês de gestação, em decorrência do problema. "O fluxo arterial na placenta se reduz nos dias de maior poluição."

O vilão

Para medir quem mais contribui com a emissão de gases de efeito estufa e listar medidas para reduzi-los, a Prefeitura de São Paulo pediu inventário ao Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Centro Clima) da UFRJ.

A pesquisa, apresentada ontem, mostra que o uso de energia é o principal responsável pela emissão de metano e dióxido de carbono, com 76%. O relatório, referente a 2003, é o segundo feito em âmbito municipal. O primeiro foi feito no Rio de Janeiro em 1998.

Nesse estudo, o vilão mais uma vez foi o transporte. A utilização de combustíveis fósseis representa 88,7% das emissões decorrentes do uso de energia --e a gasolina é o combustível que mais contribui para a poluição, com 35,7%.

"Agora, é necessário criar cenários com alternativas para mitigar as emissões e, depois, propor políticas públicas", disse a coordenadora-executiva do inventário, Carolina Dubeux. Ela sugere estudar a troca de combustível (usar o álcool em vez da gasolina) ou a ampliação do uso do metrô. "A diminuição da poluição depende de práticas do dia-a-dia", diz o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge.

Sua pasta iniciou, há um mês, a inspeção veicular dos ônibus do transporte público para minimizar a emissão. Dos 225 ônibus fiscalizados até agora, de seis viações, 14 tinham situação irregular.

Fonte:

AFRA BALAZINA
da Folha de S.Paulo

27 julho, 2005

Bicicleta como meio de transporte






Bicicleta como meio de transporte ecológico alternativo
Atualmente o único meio viável de transporte privado no mundo é a bicicleta. A principal objeção é o automóvel, que tem ajudado a industrializar o mundo do século 20. Mas o automóvel já mostrou as suas limitações. Estão esgotadas as reservas de espaço e combustível. Neste momento, o automóvel é o responsável por uma série de contaminações ambientais bem como por 250.000 mortes e 10 milhões de ferimentos que se produzem em todo o mundo como consequência de acidentes automobilísticos.
À medida que se vai abrindo caminho perante a constatação dos inconvenientes deste meio de transporte, as nações industrializadas começam a buscar alternativas ao automóvel.
A bicicleta sai assim beneficiada desta busca, redescoberta como máquina eficiente e ecologicamente limpa. No seu desenvolvimento tecnológico, a bicicleta parece encontrar-se no amanhecer de uma idade de ouro no mundo ocidental.

Fonte Sampa Bikers.




Pois é, sobre isso todos os usuários de bicicletas já sabem, mas onde que estão os incentivos aos que usam outros tipos de transportes que não os carros?
Um exemplo que eu goste de usar é o que é usado em alguns países da Europa, que para quem compra o passe anual para os ônibus e os metrôs, tem um desconte de até 60% na locação de um carro nos finais de semana, o que sai muito mais barato que manter um carro, pois para trabalhar, estudar, fazer compras etc, ´pode ser utilizado os meios de transporte coletivo, ou as bicicletas, diminuindo assim as emissões de gazes nocivos à saúde...

Sendo assim vamos usar mais nossas bicicletas, e lutar por nosso espaço nas ruas...

18 julho, 2005

Trabalhadores que praticam exercícios são melhores

Empregados que praticam exercícios adoecem menos e causam menos prejuízos aos seus patrões, segundo matéria publicada pelo British Journal of Sports Medicine. A notícia fala sobre um estudo realizado por pesquisadores holandeses, que investigaram a saúde de aproximadamente 1.300 trabalhadores, por um triênio. Durante estes três anos, foram registrados os casos de enfermidades nos voluntários e esses relacionados com o hábito ou não de praticar atividades de natureza esportiva, de maneira sistemática. O resultado foi que os empregados praticantes de atividades físicas adoecem menos, por períodos mais curtos e por conseqüência, produzem mais do que aqueles ociosos, que se abstém da prática esportiva.Texto: Cassiano Sampaio Fonte: Redação Saúde em MovimentoPublicado em: 15/03/2005

fig.: usuários de bicicletas na Holanda


Este artigo só vem completar o que disse anteriormente.
Se as empresas e as cidades brasileiras incentivassem o uso da bicicleta como meio de transporte, se gastaria muito menos no que é gasto hoje.
Vejam só...
Os gastos do governo diminuiriam muito, nas áreas da saúde pública, pois as internações por problemas cardíacos e respiratórias seriam menores, nos gastos com programas de melhoria da qualidade do ar, diminuiria o mal uso do espaço físico das cidades, pois no espaço onde um carro é estacionado, pode-se estacionar pelo menos 6 bicicletas, no espaço que um automóvel ocupa para trafegar, trafegam 8 bicicletas, e muitas outras áreas se beneficiariam com a adoção desta pratica
Já os gastos das empresas diminuiriam por causa na melhor saúde de seus funcionários, pois um dos maiores gastos dos empregadores são com a falta dos funcionários por motivos de saúde. e seus funcionários renderiam muito mais e com melhor qualidade em seus trabalhos pois como foi comprovado, que quem pratica atividades físicas diárias tem uma qualidade de humor muito maior de quem não pratica...
Por estes e outros motivos que eu sou totalmente a favor do incentivo do uso da bicicleta como meio de transporte.
O que falta apenas é as pessoas enxergarem desta maneira, para a sociedade gozar de melhor qualidade de vida, pois muitos não se utilizam da bicicleta por que não existe uma infraestrutura apropriada para tal...como bicicletarios, ciclovias ou ciclofaixas, a permissão do transporte das bicicletas nos trens e nos ônibus, e respeito dos motoristas de outros meios de transportes...

15 julho, 2005

"BIKE CHURCH" oficinas comunitárias de bicicleta




A oficina - Califórnia.

Espalhadas por diversas cidades nos EUA, e provavelmente em outras partes do mundo, as Bike Churchs são oficinas comunitárias para bicicletas.Um dos melhores meios de locomoção criados pelo ser humano, as bicicletas, recebem um tratamento especial nessas "Igrejas das Bikes". O nome pode parecer bastante cristão mas a idéia é bem anarquista. As bikes churchs são oficinas aonde as ferramentas e o conhecimento são comunitários. É gerada por voluntários e funciona mais ou menos assim: Oficina: possui ferramentas comunitárias e pecas para bicicletas. As pecas vem de doações ou de bicicletas velhas encontradas em ferro-velho ou na rua. Outras, que precisam ser compradas, são adquiridas através de doações.


Depósito de peças


Voluntário: Se você é um voluntário o seu dever é ajudar as pessoas que procuram as oficinas para consertarem suas bicicletas. você não vai consertar a bicicleta para a pessoa e sim ensiná-la como fazê-lo ela mesma. Manter o local em ordem e fechar a porta quando o ultimo for embora.

Usuário: você aparece com a sua bicicleta quebrada e não tem nenhum conhecimento sobre mecânica de bicicletas. Você vai aprender com a ajuda do voluntário como consertar a sua bike e vai ter a sua disposição ferramentas e partes necessárias para o conserto. Em troca é pedido uma pequena doação pelas partes retiradas do deposito.
Mais peças usadas.

Repare no detalhe do portão...


A idéia é popularizar a cultura de veículos não motorizados. Alem disso valorizar a reutilização de peças antigas e mostrar que qualquer um pode ser capaz de montar a sua própria bicicleta ou consertar sua antiga de forma barata e divertida. Uma boa maneira de quebrar a cultura consumista e mostrar que sim existem alternativas.As fotos desse artigo são da Bike Church de Santa Cruz na Califórnia. O coletivo existe a mais de cinco anos e é um bom exemplo de como a idéia realmente dá certo. A oficina é dividida em duas partes: a jaula que mantém o estoque de partes de bicicletas velhas e a área de trabalho, aonde as ferramentas são mantidas.O cartaz na porta já diz tudo:


Bike Church Bem Vindo a Bike Church

Um espaço de trabalho comunitário
As regras no cartaz
O/A voluntário/a mecânico/a ira ajudá-lo/la com o conserto da sua bicicleta se for a sua primeira visita, somente com as coisas básicasFale com o/a mecânico/a antes de começar. Retorne todas as ferramentas ao quadro de ferramentas de forma apropriada. Por favor termine o seu projeto e comece a limpar a partir das 6:45pm.Trabalhar na sua bicicleta pode ser frustrante, por favor mantenha a calma e o respeito.Visando criar um ambiente amigável a Bike Church não tolera comportamentos agressivos ou discriminatórios que se baseiam na raça, sexo/gênero, credo ou orientação sexual.Este espaço é mantido pelos seus membros e as doações. Pedimos por U$5 por hora se você quiser simplesmente aparecer e trabalhar na sua bicicleta. Ninguém será recusado por falta de dinheiro.


© Copyleft http://www.midiaindependente.org:É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

13 julho, 2005

Bicicletada, a Critical Mass Tupiniquim



Esta é uma foto da manifestação do "Critical Mass" em NY, onde centenas de usuários de bicicleta, defendem seu espaço no trânsito caótico da "Big Apple", aqui no Brasil nos também temos nossa "organização" de defesa de nossos direitos, a BICICLETADA, que se reune sempre na ultima sexta feira de cada mês na Av. Paulista, às 18:00 horas, onde é entregue planfetos, que servem para explicar para os motoristas e os ciclistas, o bom convivio no nosso trânsito nada saudavel...

12 julho, 2005

BRASÍLIA - Na tentativa de reduzir os casos de roubo, furto e de receptação de bicicletas, o deputado federal Ivo José (PT-MG) apresentou um projeto de lei que cria o Cadastro Nacional de Bicicletas, que poderia ser acessado pela internet e administrado por um órgão do Poder Executivo. De acordo com o autor do projeto, o cadastro na internet e listagens com os dados do veículo furtado ou roubado serviriam para inibir o comércio clandestino e a receptação das bicicletas.- O registro facultativo desses veículos determinaria uma redução relevante em tais ocorrências, contribuindo grandemente para a paz social e a preservação do direito de propriedade - justifica do deputado.Atualmente, a frota nacional de bicicletas está estimada em 45 milhões de bicicletas, de acordo com o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), o que faz do país um dos dez maiores fabricantes mundiais do veículo.

Globo Online


Será que realmente este esquema de registro diminuiria os roubos e furtos de bicicletas?
eu acho que não pois segundo este artigo eles querem inibir a venda de bicicletas roubadas, mas a sua grande maioria não é vendida em bicicletarias e sim a compradores em potencial diretamente, e quem garante que quem compra uma bicicleta de um particular pede a nota fiscal? muitos pouco o fazem.
e outra quem garante que um comprador de uma bicicleta roubada vai verificar na internet, se aquela bicicleta foi roubada ou não?
para isso teria que haver um controle muito grande e um trabalho de igual tamanho para os proprietários que queiram cadastrar suas bicicletas, como por exemplo, no caso de troca de qualquer peça da bicicleta, o proprietário teria que atualizar o cadastro de sua bicicleta.
Eu acho que é uma idéia que procura nos ajudar, mas que realmente não surtiria muitos efeitos não, infelizmente...

08 julho, 2005

Mania de bicicletas toma conta de Londres após explosões

Nas ruas de Londres eram ouvidos hoje sons de ciclistas após as vendas de bicicletas terem aumentado no dia seguinte às explosões em três trens subterrâneos e um ônibus. Ciclistas venderam seus equipamentos para os cansados pedestres por até 300 libras (US$ 500) enquanto se dirigiam para casa na quinta-feira, além de darem algumas aulas para os iniciantes.

Tim Davies, que gerencia a Cycle Surgery perto de Holborn, disse: "A loja é tão perto de onde o ônibus foi atingido que pensamos que seríamos retirados do local, mas até as 23h estávamos trabalhando como loucos. Normalmente vendemos dez bicicletas por dia, mas vendemos pelo menos o dobro em algumas horas".
"Pessoas que não andavam de bicicleta há mais de dez anos pediram lições ¿ tivemos até um juiz", acrescentou. Outros, que foram andando para casa, "desenterraram" bicicletas esquecidas há tempos em abrigos e garagens na manhã de sexta-feira, ao irem para o trabalho.
A assistente de loja Maja, que trabalha na Evans Cycles, perto de Clerkenwell, afirmou ter vendido o triplo de bicicletas na quinta-feira, principalmente os modelos dobráveis e mais baratos. "Eram principalmente trabalhadores e executivos", afirmou ela.

Fonte: Agencia Reurters

O maior problema "FALTA DE INCENTIVO"

Bicicletario em universidade japonesa

Alguém ja parou pra pensar: Como seria se tivéssemos o incentivo de utilizar nossas bicicletas como meio de transporte?
Provavelmente haveria menos congestionamentos, poluição, e por conseqüencia, uma melhor saúde pública.
Já está mais do que comprovado cientificamente: Quem pratica exercícios diários sofre menos de enfermidades de ordem cardíaca, e respiratória ... Com isso, diminuindo o uso do serviço público de saúde.
E a quem caberia estes incentivos? Por que não as escolas e universidades?
Como pode ser visto na foto, esta universidade acabou incentivando o uso da bicicleta a partir da construção de um local adequado para estacionamento das mesmas, próximo as salas de aula.
Será que é tão dificil uma escola ou universidade fazer isso?

Então que tal nos unirmos e dar esta idéia aos responsáveis por nossas escolas e universidades!!!

Quando que as autoridades serão realmente competentes?


Pois é eu queria saber quando que aqui no Brasil, nossas autoridades tidas como competentes realmente, farão justo este titulo? Vejam só na Europa existem paises em que a bicicleta pode ser transportada nos trens e no metro, fazendo com que os transportes públicos e alternativos possam ser integrados, existe também bicicletarios próximos as estações...






E isso no Brasil seria muito bem vindo, principalmente porque, já foi provado, que o aumento do uso da bicicleta pela população, se deve pela queda do poder aquisitivo dos trabalhadores, e apenas uma pequena parte , menos de 1% por opção. Mas existem outros interesses que não é o cidadão comum, o usuário dos transportes públicos, quem não lembra do escândalo das empresas que detém os direitos pelo transporte coletivo da cidade de Santo André? Fica ai uma sugestão paras as pessoas que governam nossas cidades...